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Bariatrica-SBCBM

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) participou, entre os dias 17 a 20 de maio, em Mendoza, Argentina, do XI Congresso Internacional de Cirurgia Bariátrica Y Metabólica com enfoque cirúrgico e interdisciplinar.

Entre os palestrantes está o cirurgião bariátrico, Dr. Ricardo Cohen, ex-presidente da SBCBM e recém-eleito presidente do Capítulo Latino-Americano da IFSO LAC.

Tratamento do Diabetes tipo 2 – Dr. Cohen ministrou oito aulas no Congresso de Mendonza, tendo como foco principal a eficácia da cirurgia metabólica para o tratamento do Diabetes tipo 2.

“Está cada vez mais comprovado a indicação, a segurança e os resultados da cirurgia metabólica para o tratamento do diabetes tipo 2 não controlado clinicamente.  Apesar ainda existirem grupos contrários a esta questão, todos os estudos e evidências reforçam que esse é o caminho. Os resultados são muito bons”, ressaltou o médico.IMG_8857

Para o Dr. Ricardo Cohen a participação no Congresso, reforça o relacionamento entre Argentina e o Brasil.

“Temos neste Congresso um programa de relevância para a discussão da cirurgia bariátrica e metabólica. É uma oportunidade para debatermos temas importantes para a área”, reforçou Cohen.

O XI Congresso Internacional de Cirurgia Metabólica também reuniu integrantes dos Núcleos do Conselho de Especialidades Associadas à Cirurgia Bariátrica (COESAS) – que inclui profissionais da área clínica, endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, cirurgiões plásticos, educadores físicos, fisioterapeutas e outros para debater o tema da cirurgia bariátrica e metabólica.

 

FISIOTERAPIA –A fisioterapeuta e Conselheira do Núcleo de Saúde Física e Reabilitação da COESAS da SBCBM, Juliana Franzotti, ministrou duas aulas no Congresso, uma sobre síndrome da apneia do sono e outra sobre as alterações biomecânica e lesões mais frequentes depois da cirurgia bariátrica.

No que se refere a síndrome da apneia do sono, Juliana explica que 70% dos portadores são obesos e a grande maioria tem síndrome metabólica. “Trata-se de uma doença crônica, progressiva, incapacitante e com altas taxas de mortalidade e morbidade cardiovascular”, relatou Juliana.

Segundo ela, os pacientes apresentam um sono não reparador, dificuldade de concentração e fadiga diurna. “Este quadro associado às alterações respiratórias da própria obesidade aumentam as chances de os pacientes terem complicações no pós-operatório”, contou a fisioterapeuta.

O tratamento para essa síndrome é o emagrecimento e o uso de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (de CPAP) – método mais recomendado para o tratamento de distúrbios respiratórios como apneia do sono.

“O fisioterapeuta auxilia na adaptação deste equipamento antes da cirurgia bariátrica, na recuperação pós-anestésica e também durante todo o período de internação pós-operatório. Assim, ocorre a otimização das trocas gasosas e melhor performance respiratória”, explicou.

 

EDUCAÇÃO FÍSICA – Já a educadora física Cristina Aquino, vice-presidente do Núcleo de Saúde Física e Reabilitação da COESAS da SBCBM, falou no Congresso de Mendoza sobre a Eletroestimulação na Prevenção de Ganho de Massa Muscular.

Segundo ela, o processo de envelhecimento por si só, já está associado a mudanças morfofuncionais, que em associação ao sedentarismo, reduzem a capacidade funcional e prejudicam o desempenho motor, culminando em problemas psicológicos e sociais. “As mudanças incluem diminuição na massa muscular e densidade óssea, sem contar a elevação plasmática de várias citocinas inflamatórias. Quando combinados à obesidade, este processo aumenta ainda mais o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, roubando a autonomia e diminuindo de maneira crucial a qualidade de vida”, relata Cristina Aquino.

A educadora física lembrou que a cirurgia bariátrica é considerada o tratamento mais efetivo para a obesidade severa em todas as idades.

“E com a prática regular de exercícios físicos no pós-operatório de indivíduos idosos podemos melhorar a densidade óssea e melhorar ou manter massa muscular. A inclusão de programas que envolvam treinamento de força e mobilidade – em pacientes que apresentam fragilidade esquelética, com risco de fratura e perda óssea acelerada- é fundamental”, finalizou Cristina Aquino.

 

 

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