Estudos apontam, entre outras soluções, a cirurgia bariátrica como opção, tanto no combate à obesidade quanto às doenças associadas como hipertensão, dislipidemia, apneia do sono, problemas ortopédicos severos, diabetes tipo 2 e até mesmo o câncer
A recente divulgação da estimativa de 596.070 mil novos casos de câncer em 2016 feita pelo INCA – Instituto Nacional do Câncer apontou a obesidade como principal fator de risco para alguns deles como mama, próstata, cólon e reto, ovário, esôfago e endométrio. Estudos comprovam essa relação. Um dos mais atuais, publicado na Revista inglesa “The Lancet”, foi realizado no Reino Unido com 5 milhões de pessoas saudáveis avaliadas durante sete anos e mostrou que sobrepeso e obesidade são responsáveis pelo aumento dos riscos de 10 tipos de cânceres entre os 22 mais comuns, devido à relação direta entre a doença e o IMC – Índice de Massa Corporal [peso / (altura x altura)].
Essa relação já é conhecida pelos pesquisadores e diversos estudos apontam, entre outras soluções, a eficácia da cirurgia bariátrica, tanto no combate à obesidade quanto às doenças associadas como hipertensão, dislipidemia, apneia do sono, problemas ortopédicos severos, diabete tipo 2 e até mesmo o câncer.
De acordo com o Dr. Josemberg Campos, Presidente da SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, um dos temas mais estudados atualmente é a diminuição de casos de câncer (cólon, próstata, mama e útero) em pacientes que realizaram cirurgia bariátrica.
“Além de promover a perda de peso, a cirurgia bariátrica combate as doenças associadas e promove qualidade de vida aos pacientes, também na esfera social e psicológica. As perspectivas são animadoras para reduzir a incidência de uma grave doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Para se ter um exemplo um estudo da Universidade da Califórnia e o Moores Cancer Center revelou que o risco de uma mulher ter câncer de útero diminui de 71% a 81%, com a cirurgia bariátrica”, relata Dr. Josemberg.