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Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, foram realizados cerca de 100 mil procedimentos no ano passado; Em 2015 foram aproximadamente 93,5 mil cirurgias

O número de cirurgias bariátricas no Brasil aumentou 7,5% em 2016 em comparação com o ano de 2015. Os dados são da SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e apontam que no ano passado cerca de 100.512 pessoas fizeram a cirurgia.

O número supera em cerca de 7 mil procedimentos as 93,5 mil cirurgias realizadas em 2015 e está em crescimento. Em 2012, foram feitas 72 mil cirurgias no País, em 2013, 80 mil procedimentos e em 2014, cerca de 88 mil. O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes.

Cirurgião paranaense João Caetano Marchesini é o presidente da SBCBM para o biênio 2017/2018.
Cirurgião paranaense João Caetano Marchesini é o presidente da SBCBM para o biênio 2017/2018.

Para o Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Caetano Marchesini, o aumento no número de procedimentos pode estar relacionado ao crescimento da obesidade no Brasil e também com as novas regras do CFM – Conselho Federal de Medicina para realização de cirurgia bariátrica. O Conselho ampliou de 6 para 21 o número de doenças associadas à obesidade que podem levar a indicação da cirurgia bariátrica.

“A obesidade já é tratada como o mal do século por médicos e especialistas no mundo todo e a cirurgia bariátrica contribui para o controle ou remissão de diversas doenças associadas à obesidade como, por exemplo, a hipertensão, problemas nas articulações, coluna e diabetes tipo 2”, enfatiza Marchesini.

Ele explica que a cirurgia bariátrica apresenta índices superiores a 90% de melhora em quadros de diabetes, asma, incontinência urinária, hipertensão, doenças do refluxo gástrico e a apneia do sono. “Isso faz com que a busca por este tratamento aumente cada vez mais, além disso, a realização da cirurgia bariátrica por videolaparoscopia tornou o procedimento mais seguro ao paciente”, salienta Marchesini.

Fatores e causas – A obesidade é considerada uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura no organismo com desproporção na distribuição da gordura pelo corpo. O sobrepeso é estabelecido quando o IMC – índice de massa corporal, relação entre peso e altura, é de 25 até 29,9. A partir de 30 de IMC a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado.
A obesidade tem causa multifatorial, envolvendo questões biológicas, econômicas, sociais, políticas e culturais. Mas a principal causa costuma ser o desequilíbrio entre o consumo de alimentos e o gasto de calorias.

Sobre a SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – Foi fundada em 1996, devido ao crescimento e importância da especialidade na área médica. A entidade possui atualmente cerca de 1,7 mil associados entre cirurgiões e profissionais de especialidades associadas (endocrinologista, cardiologista, educadores físicos, cirurgiões plásticos, fisioterapia, enfermagem, odontologia, fonoaudiologia, nutricionista, nutrólogo, psiquiatra e psicólogo) com representantes no País por meio de capítulos ou delegacias.

Cirurgia Bariátrica no Brasil – A SBCBM segue as diretrizes do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina. Em janeiro de 2016 o CFM publicou a Resolução nº 2.131/15, que alterou o anexo da Resolução nº 1.942/10 e estabeleceu novas regras para a realização de cirurgia bariátrica no Brasil ampliando para 21 o número de doenças associadas à obesidade que podem levar à indicação da cirurgia bariátrica.

Pacientes com IMC maior que 35 kg/m² e afetados por doenças como diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças osteoarticulares e doenças como hérnias de disco, artroses e inúmeras outras doenças mencionadas com a nova medida podem fazer a cirurgia para redução de estômago.

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