Cinco anos após a cirurgia bariátrica, Leandro Hassum perdeu 60 dos quase 150 quilos. O ator, famosos por protagonizar três filmes da franquia Até que a Sorte Nos Separe e Os Caras de Pau, da Rede Globo, concedeu entrevista ao repórter Marcelo Marthe, da Revista VEJA, e falou sobre o antes e depois da cirurgia e os desafios de voltar à comédia. Confira o trecho da entrevista:
O senhor já se mostrou irritado com as reações nas redes sociais à sua cirurgia bariátrica. Os comentários ainda incomodam?
Por incrível que pareça, ainda há muitas pessoas que criticam meu emagrecimento. Elas dizem que traí o “movimento” dos gordinhos. O obeso virou o novo belo, o antídoto contra a ditadura do corpo perfeito. Eu nunca fiz parte desse tal movimento. Era gordo e ponto-final. Só que pesar 150 quilos não é ser um gordinho. Para um cara de 1,79 metro, isso se chama obesidade mórbida. É uma doença.
Sua saúde estava em risco?
Sim. Eu era um cara perto da morte. O obeso mórbido dorme saudável e não acorda no dia seguinte. Mas muitas pessoas ainda não entendem minha decisão, lá se vão cinco anos desde a operação, em 1º de novembro de 2014. Quando alguém me diz “Preferia você gordo” é o mesmo que dizer “Preferia quando você estava perto de morrer”. Não foi por futilidade que resolvi deixar de ser gordo. Foi por longevidade. Quero ver minha filha adulta.
Quando teve consciência disso?
Até certo momento, nenhum gordo tem consciência. Se você chegar para um cara que pesa 180 quilos e disser “Cara, por que você não opera?”, ele vai responder que é feliz assim. “Grande porcaria, eu estou com a saúde boa, meus exames de colesterol e glicose estão o.k.” Mas minha visão mudou quando fui a um churrasco na casa do André Marques, em 2014. Ele tinha feito a operação um ano antes, e foi a primeira vez que vi o André magro. Tomei um choque. André então se ofereceu para me levar ao médico dele. Eu disse que não queria, que estava bem. Mas acabei indo. Saí do consultório com a cirurgia marcada.
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