O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recebeu a diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), na segunda-feira (29), em Brasília.
Participaram da audiência o presidente da SBCBM, Marcos Leão Vilas Boas, o vice-presidente executivo da SBCBM, Luiz Vicente Berti; o presidente do Capítulo da SBCBM no Mato Grosso do Sul, Wilson Cantero e a tesoureira da SBCBM, Galzuinda Maria Figueiredo Reis .
O objetivo foi discutir alternativas para melhorar o cenário da cirurgia bariátrica e metabólica no país, com déficit no número de procedimentos, se comparado a demanda de pacientes que necessitam de tratamento nos estados.
O Ministro também recebeu o convite de honra para participar da 20ª edição o Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, que será realizado no mês de maio em Curitiba.
Custo da obesidade – No Brasil, o custo da obesidade chega à 2,4% do PIB e está estimado em R$ 84.3 bilhões/ano. Além disso, 69.3% do total de mortes são atribuídos a doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares (30,4%), neoplasias (16.5%), doenças respiratórias (6,0%) e o diabetes (5,3%)[1] – muitas associadas à obesidade.
“Precisamos democratizar o acesso à cirurgia bariátrica e metabólica, oferecendo o melhor tratamento para o grande número de pessoas que necessitam de atenção e tem sua qualidade e expectativa de vida reduzidas”, afirmou o presidente da SBCBM, Marcos Leão Vilas Boas
Atualmente são realizadas aproximadamente menos de 100 mil cirurgias bariátricas por ano, sendo 10 mil pelo SUS.
O ministro se mostrou sensível ao quadro e designou equipe técnica para buscar solução adequada com o orçamento da pasta e a realidade do país.
DIABETES TIPO 2 – Outro tema abordado foi a cirurgia metabólica para pacientes com Diabetes Tipo 2, que passou a ser indicada em 2017, à partir da Resolução do Conselho Federal de Medicina (2.172/2017), para o tratamento de pacientes com Diabetes Tipo 2 e IMC entre 30.0 kg/m² e 34.9 kg/m², sem resposta ao tratamento clínico convencional.
Pessoas com diagnóstico de diabetes tipo 2 associado a obesidade que não obtém um equilíbrio nos níveis de açúcar, são os pacientes que mais desenvolvem retinopatias, doença hepática renal e doenças cardiovasculares, segundo as Sociedades Brasileira de Cardiologia, Oftalmologia e Sociedade Brasileira de Hepatologia.