Aos associados da SBCBM
Os meios de comunicação e as mídias de relacionamento interpessoal facilitaram muito a difusão de informações, de propaganda e marketing. A publicidade, responsável por muitos sucessos no mundo dos negócios, também atingiu o médico. Este sentiu-se atraído pela propaganda como meio de conseguir destaque.
Muitas publicações, de alguns membros de nossa sociedade – felizmente casos pontuais, tem ultrapassado o bom senso, igualando o médico e seu consultório ao balcão e ao comerciante. São atos que vão além da informação, podendo gerar distorções do exercício ético da profissão médica.
A divulgação médica, feita por qualquer meio, deve se pautar pelo caráter exclusivo de esclarecimento e educação, através de conteúdo cientificamente comprovado, sem jamais visar a propaganda pessoal, o sensacionalismo e a autopromoção, mediante relato de casos notórios, de procedimentos exitosos ou demonstração de saber elevado.
Devemos ter o cuidado de evitar que a população em geral, e especialmente os portadores de obesidade, tenham informação distorcida, o que prejudica a todos e cada um em particular, tornando a prática médica diária mais vulnerável.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, preocupada com o avanço das inserções médicas, nem sempre éticas, nas plataformas digitais, vem através desta, recomendar a seus sócios que se atentem para esse fato, evitando dissabores sociais e até legais.
A SBCBM está preparando o Manual de Recomendações aos seus associados, pautados na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM No 2126/2015), que disciplina a propaganda médica. Por hora é muito importante que cada membro se atenha a esta resolução.
Atenciosamente,
Comissão de Ética da SBCBM