A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – dentro de uma parceria inédita da Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro – realizou nesta quarta-feira (24), a terceira etapa do mutirão emergencial de cirurgias bariátricas, no Hospital Carlos Chagas.
Devido a pandemia da COVID-19 as cirurgias bariátricas – em pacientes que aguardavam na fila e já tinham realizado todas as etapas exigidas no pré-operatório para o procedimento – estão sendo agendadas de acordo com a disponibilidade de leitos e com as medidas de segurança necessárias para que os procedimentos possam ser realizados.
“Estamos atuando na medida do possível, já que estes pacientes que aguardam na fila são considerados grupo de risco grave para COVID-19, apresentando doenças associadas à obesidade como diabetes tipo 2, hipertensão e outras”, explica o presidente da SBCBM, Fábio Viegas, que realizou as primeiras cirurgias em janeiro,
No mês de dezembro, em vistoria ao Hospital, o presidente da SBCBM, Fábio Viegas, avaliou os primeiros pacientes que já haviam cumprido as etapas e exames de pré-operatórios. Na sequência todos os demais pacientes também foram avaliados.
Segundo o presidente da SBCBM, o mutirão está sendo realizado em razão da excepcionalidade e por conta do pedido de ajuda da Secretaria de Saúde para que as pessoas com pré-operatório concluído possam ser operadas.
“A cirurgia bariátrica é o melhor e, muitas vezes, o único tratamento para os casos de obesidade mórbida com doença associada. Quanto mais ampliarmos o serviço, maior será o impacto positivo na população. O SUS é fundamental para isso e vale reforçar que a cirurgia bariátrica não é um procedimento estético, mas que salva vidas”, reforçou Viegas.
Voluntários – As Cirurgias do Mutirão estão sendo realizadas por cirurgiões que integram a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) de forma voluntária.
Nesta quarta-feira (24), os procedimentos foram realizados pelos cirurgiões Flávio de Paula, Glaucio Borges e Juliana Falcão, com o apoio do anestesista, Marcelo Magalhães e pelo instrumentador, Alessandro Fernandes.
Ainda no final do mês de janeiro os cirurgiões Luiz Gustavo Oliveira, Rodrigo Galhego e Guilherme Bouzas também doaram sua experiência e conhecimento para conduzir cirurgias do mutirão.
Acompanhamento – Os pacientes receberão acompanhamento nos 30 primeiros dias do pós-operatório no Carlos Chagas e, posteriormente, serão encaminhados para assistência endocrinológica, nutricional e psicológica no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE).
Entenda o caso – No Rio de Janeiro as cirurgias bariátricas precisaram ser suspensas – em agosto de 2020 – após a secretaria cancelar o contrato para realização do serviço por problemas legais de renovação, gerando uma demanda ainda maior de pacientes que precisam ser operados por problemas graves de saúde.
A Secretaria de Saúde estabelecerá cronograma para abertura dos novos serviços públicos para o tratamento cirúrgico da obesidade nos hospitais. Também foi anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, a reabertura de leitos na unidade, sendo oito novos para cirurgia bariátrica no Carlos Chagas.
O presidente da SBCBM, Fábio Viegas, explica que será fornecido todo subsidio técnico para que sejam estabelecidos critérios de elegibilidade e priorização dos pacientes, seleção de equipes de atendimento, e adequação de protocolos de atendimento pré e pós-operatórios. “A SBCBM tem trabalhado incessantemente para democratizar e ampliar o acesso à cirurgia bariátrica e metabólica no país e este mutirão no Rio de Janeiro é um exemplo da nossa ação”, declarou.