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Cirurgiões de todo o país participaram, nesta quarta-feira (15), em Curitiba , do curso Cirurgia Bariátrica Segura – como otimizar segurança e melhorar resultados, realizado no primeiro dia do XX Congresso de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

O objetivo, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Marcos Leão Vilas Bôas é aumentar a segurança dos pacientes e dos cirurgiões bariátricos.

“O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias bariátricas no mundo e as taxas de mortalidade são baixas, comparáveis a cesárea – de 0,1% -, ou seja, as complicações são muito raras e queremos que os novos cirurgiões e os atuais estejam sempre buscando o aperfeiçoamento”, disse Leão.

De acordo com o coordenador do curso, cirurgião bariátrico e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Almino Cardoso Ramos, existem detalhes que devem ser discutidos. “O debate melhora a nossa prática diária para oferecer uma cirurgia ainda mais segura e mais efetiva para os nossos pacientes”, afirmou.

A população elegível para a cirurgia bariátrica no Brasil é de 4,9 milhões de pessoas. Pessoas com diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2, e ausência de resposta ao tratamento clínico podem ter indicação para a cirurgia bariátrica. Já os pacientes com IMC maior que 35, com doenças associadas à obesidade ou acima de 40, considerada obesidade mórbida – também são elegíveis a cirurgia bariátrica.

A segurança e a eficácia da operação não dependem apenas do cirurgião. “A bariátrica não deve ser entendida apenas como uma cirurgia. É necessário entender todo o programa, todo o processo, que envolve pré-operatório: seleção do paciente, uma cirurgia bem executada e o acompanhamento pós-operatório. Todos os profissionais envolvidos são importantes no resultado final, mas a peça principal é o paciente. É nosso papel  convencer o paciente o que ele precisa fazer ou qual é o grau de envolvimento que precisa ter para resultar em uma cirurgia segura e efetiva”, explicou.

Cirurgia Metabólica

Uma cirurgia eficaz não promove apenas a redução de peso para o paciente, mas também a remissão de doenças associadas, como hipertensão e diabetes.

“Precisamos desvincular que o resultado da bariátrica é só emagrecimento e emagrecimento. Uma das discussões que tivemos aqui é que um emagrecimento muito rápido pode ser até lesivo para o paciente, em algumas coisas que podem ocorrer durante o processo. Precisamos orientar que o mais importante é o uso da suplementação, vitamínica, mineral e proteica. A importância de fazer atividade física, e não só porque emagrece, mas porque fazendo musculação ele vai evitar perda de massa muscular”, esclarece o cirurgião.

A cirurgia metabólica é muito parecida com a cirurgia bariátrica. “Esse efeito da melhora do diabetes, controle da hipertensão, controle de doenças metabólicas em geral, é o que vamos obter com a cirurgia metabólica. Nós precisamos perder um pouco aquele foco de que o único parâmetro de avaliação de resultado é a perda de peso. E a melhora da qualidade de vida? E a satisfação do paciente? E o controle das doenças que eles tinham antes?”.

O Congresso

O XX Congresso de Cirurgia Bariátrica e Metabólica acontece entre os dias 15 e 18 de maio, em Curitiba. O evento registrou recorde de inscritos, entre cirurgiões bariátricos e especialistas de áreas associadas, como endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas e educadores físicos, entre outros.

“Outras especialidades estão conhecendo os resultados da bariátrica, vendo o alto grau da segurança que nós temos, os excelentes resultados da operação. Assim, podemos beneficiar mais e mais pacientes”, afirmou Almino.

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